sexta-feira, 27 de abril de 2012

O SENHOR DO DESERTO! == Mt.14:13


O SENHOR DO DESERTO!  == Mt.14:13

Quero falar trazer um estudosobre deserto, deserto na Bíblia significa sofrimento, angústia, dificuldade, agonia, pranto, desespero, aflições....

O deserto é um lugar terrível, de difícil acesso, o deserto é um lugar totalmente coberto de areia é um lugar impróprio para a vida.

No deserto o calor é insuportável durante o dia, e a noite o frio é intenso, no deserto os ventos são fortes e sopram areia.

O deserto não é lugar dos nossos sonhos, não é o lugar que planejamos estar, mas querendo ou não existem ocasiões na nossa vida que passaremos pelo deserto.

Deserto é um lugar de sofrimento e aflições, mas também é um lugar onde alcançamos crescimento espiritual, experiência, é o lugar onde nossa fé é provada.

Podemos aprender no texto que nos lemos algumas lições de Jesus no deserto

 JESUS NOS CONVIDA PARA O DESERTO

Logo após a morte de João batista os apóstolos vieram até Jesus para informá-lo da morte de seu amigo, primo,

No Evangelho de Marcos, Marcos registrando a mesma história diz que Jesus convida os discípulos para ir a um lugar deserto. Mc 6:31-32

Jesus convidou os discípulos para um lugar deserto, Jesus queria um tempo a sós com seus discípulos

Pois onde estava Jesus sempre havia multidão e Ele precisava de um lugar deserto para ficar, com seus discípulos e ensinar a eles, Jesus os convidou para comer com eles a sós.

Mas o deserto já não estava tão deserto assim, pois quando Ele chegou lá estava uma multidão.

No deserto Jesus vai ensiná-los a lidar com a multidão do deserto - A multidão do deserto é problemática – ela é acompanhada de muitos problemas.

Doença, enfermidades incuráveis, divida...

No deserto vem a sensação de solidão mesmo que você seja cercado de pessoas.

Não há recursos no deserto.
Mas ali estava Jesus - O Senhor do deserto.

Ei! Se você esta no deserto porque Jesus te levou pra este deserto, fique tranqüilo! Você não esta só no deserto, o Senhor do deserto está contigo!

Israel saiu do Egito entrou no deserto, só quem mandou Israel entrar no deserto foi Deus, então no deserto não faltou nada pra Israel

Quando não tinha comida ele mandou maná do céu, quando faltou água ele tirou água da rocha,quando o povo pediu carne ele mandou codornizes

De dia havia uma grande nuvem para fazer sombra no calor do deserto, à noite uma coluna de fogo para aquecer e clarear o caminho, o sapato do pé não envelhecia nem a roupa do corpo ficava velha

Ei! Se Deus te mandou para o deserto ele te sustenta no deserto Sl 78:19

 NÃO VÁ PARA O DESERTO POR CONTA PRÓPRIA
 
Quem convidou você para estar no deserto?

Você foi com seus próprios passos ao deserto?

Ex: Agar depois que engravidou de Abraão desprezou Sara sua senhora, esta por sua vez humilhou Agar que fugiu para o deserto, veja: Gn 16:4-10

Ei! Talvez o deserto que você esta atravessando não foi Deus que te mandou pra ele, você foi com seus próprios pés

Tem gente que é assim quando tudo vai bem à sua vida ele exalta a si mesmo, diz: - viu como eu prosperei? É porque sou esperto! Sou inteligente!

Agora quando tudo dá errado culpa á Deus: - ta vendo! Do que adiantou eu ser crente? De que adiantou eu entregar o dizimo na igreja? Agora estou passando dificuldades!

Ei! Cuidado irmão! Com as suas murmurações! Talvez seja você mesmo que foi pro deserto com as suas próprias pernas


Deus não mandou você pra este deserto foi você que foi sozinho, mas eu tenho uma boa noticia pra você! Mesmo você tendo ido sozinho pra este deserto, se você pedir a DEUS ele vai enviar um anjo no deserto para te socorrer

No deserto Deus ainda tem promessas para sua vida – e palavra de vitória olha o que o anjo fala a Agar- MULTIPLICAREI

Só tem uma condição para quem foi pro deserto sozinho VOLTAR; Olha o que o anjo disse pra Agar: - volta para tua senhora humilha-te debaixo de suas mãos Gn 16:9

Elias foi sozinho para o deserto Deus não mandou Elias ir para o deserto, agora no deserto ele quer morrer: 1 Rs 19:4, depois de ser alimentado pelo anjo, Elias caminha 40 dias até Horebe entra em uma caverna e ainda quer morrer

É preciso Deus repreendê-lo e o mandar voltar pelo mesmo caminho por onde veio 1 Rs 20:15

O único caminho para quem foi sozinho para o deserto é voltar pelo mesmo caminho, e consertar o que se fez de errado e começar de novo é lembrar-se de onde caiu Ap 3:4-5

 EXISTEM DESERTOS QUE SÃO OS OUTROS QUE NOS MANDAM PRA ELES
 
Agora, talvez foi alguém que te colocou por algum homem no deserto - Veja o caso de Jose  Gn 37-24

Era uma cova uma cisterna – deserta - Jose olhava para os lados e sabia que seu sonho não era aquele - Ele foi colocado pelos invejosos em um lugar deserto e solitário

Mas Jose sabia que seu sonho não era aquele

Quem sabe neste momento que você me ouve, você esta como José, jogado em uma cova fria e deserta

Por causa dos seus sonhos te jogaram nesta cova, mas eu te pergunto nesta noite! Qual o sonho que Deus deu a você? É esse?

Não! Então olhe para adiante e veja que breve chegará à hora de você sair deste deserto

JESUS É O SENHOR DOS DESERTOS

Ei! Você esta no deserto porque Jesus te convidou? Ninguém te jogou no deserto e nem você foi com suas próprias pernas foi Deus que te levou?

Então pode ter certeza que o aprendizado será maior e melhor, basta você se humilhar

Veja o que diz o vs- 15: - chegando a tarde seus discípulos se aproximaram dele

Quando os discípulos se aproximam pode ter certeza coisa boa não é, Vai vir com pergunta, dúvidas os discípulos e nunca trazem soluções só problemas

É assim mesmo no deserto temos vários amigos nossos, que se aproximam só para trazer mais problema.

Muitos de nós não queremos saber dos problemas da igreja ou de outros irmãos, estando eu bem o resto que se arrume.

Muitos têm visão material, e não a visão do Céu que é a espiritual.

Os discípulos viam na multidão problemas, Jesus vê almas, Jesus vê ovelhas e pior andando sem pastor.

O verdadeiro pastor alimenta as ovelhas. Não importa o local, a situação, nada ele se importa com as ovelhas.

No vs- 16: - Jesus manda eles (os discípulos) dar ao povo o que comer, é Aí começa as limitações dos discípulos.

Jesus quando mandou dar alimento, ele testou mais uma vez os seus discípulos,

Como que dizendo: - vocês não andam comigo, já curei os enfermos, agora Eu Sou o Pão o maná do deserto – Eu Sou
Ele quis dizer: - eu sou o senhor do deserto – o Deus dos impossíveis.

Em outras palavras Jesus estava dizendo: - no passado eu cuidei dos meu povo no deserto, eu alimentei, eu matei a sede, eu vesti, no deserto eu faço milagres.

No vs -17 discípulos disseram: - NÃO TEMOS, aqui senão cinco Pães e dois peixes

O que é isso? Falta de visão. Falta de fé O que você tem aí para Deus? O que você tem?
Você quer trabalhar na igreja, mas diz: - Senhor eu só tenho esse dom? Eu só sei fazer isso.

Senhor eu não creio que...

Os discípulos colocam os pés e peixinhos nas mãos de Jesus vs 18 , ei! No deserto entregue o pouco que você tem nas mãos de Jesus Entrega ao Senhor primeiro

Veja o que fez a viúva de Sarepta. == 1Rs 17:12-16

Obediência a voz De DEUS no deserto e o que nos garante a vitoria! Coloque nas mãos dele o pouco que você tem
Não importa que seja pouco, Não importa que seja insuficiente, Não importa que você acha que não vai dar

O que importa é você confiar no Deus que multiplica no deserto, o que importa é estar nas mãos certas

Um bisturi nas mãos de um medico serve pra salvar muitas vidas, em minhas não tem valor nenhum

Uma colher de pedreiro nas mãos do pedreiro serve pra construir muitas casas e edifícios, em minhas mãos não servem pra nada

Um violão nas mãos de um bom musico serve para tocar belas melodias, nas minhas mãos só servem pra tocar galinha

Uma pedrinha em minhas mãos é algo insignificante, nas mãos de Davi serviu pra derrubar Golias

Uma queixada de jumento nas mãos de Sansão derrubou mais de mil filisteus, uma vara nas mãos de Moises abriu o mar vermelho, 5 paes e 2 peixinhos nas mãos de Jesus alimentou mais de 5 mil homens no deserto

Tudo depende nas mãos de quem está no deserto coloque nas mãos daquele que é o Senhor do deserto
VS 19: diz que Jesus mandou a multidão se assentar em grupos, isto quer dizer que Jesus acalmou a multidão

Quando você entrega ao senhor seu pouco, seja lá nos dons, na oferta, no dizimo, ele acalma os cobradores, ele acalma você diante da multidão de problemas que você está enfrentando.

Ele abençoou os Pães e os peixes mesmo que era pouco, mas ele sabe que em suas mãos o pouco se torna muito.

Ele quer abençoar sua vida, mas muitas vezes você não deixa, Entrega a ele o que você tem
Resultado:
  
No deserto onde não há nada Os discípulos, não ajudaram em nada só trouxeram problemas

Os discípulos disseram: o Lugar é deserto- mas esqueceram que Jesus os levou até lá para ter um a sós com eles – e convidou para comer –

Os discípulos disseram: A hora é já avançada- Eles colocaram mais um obstáculo para o milagre, Já passou a hora

Ei! Será que com Jesus as coisas passam da hora? Ele mesmo disse: “eu sou o alfa e o Omega, o principio e o fim Ap 1:17“ a hora não passa para Jesus, sempre é hora de fazer milagres .

Os discípulos disseram: Despede esses que te seguem - manda embora eles é que vão procurar comida por ai.....

É fácil despencar os problemas, mas difícil é enfrentá-los.

Mas Jesus os mandou distribuir os pães e os peixes
Todos comeram Cinco mil homens fora crianças e as mulheres

Isso deveria ter passado os 10 mil
Com o pouco que tinha foram todos alimentados. Eu pergunto o que você tem ai para apresentar ao senhor Jesus...

Diga eu só tenho isso senhor, mas creio na multiplicação não importa o que me cercas, mas sei que o senhor pode

Jesus é o Senhor do deserto, ate no deserto ele transforma o pouco em muito, creia nisto!

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

quarta-feira, 18 de abril de 2012

TERCEIRA CARTA: À IGREJA DE PÉRGAMO

TERCEIRA CARTA: À IGREJA DE PÉRGAMO

12. “E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda * de dois fios”.

1. “...Ao anjo da igreja”. Não podemos determinar e, nem ainda há um pequeno vestígio no Novo Testamento, sobre quem era o “anjo” (pastor) da igreja de Pérgamo nos dias em que esta carta estava sendo enviada, visto que, o Novo Testamento não cita nominalmente a igreja de Pérgamo, há não ser aquilo que é depreendido do texto em foco. Porém, pelas evidências internas e, externas apresentadas pelos versículos que descrevem a posição desta igreja; nos faz pensar, em um cristão pertencente a Igreja Primitiva. Foi ele, sem dúvida, o substituto de “Antipas”, a fiel testemunha de Cristo (v. 13). Terá sido Demétrio? (3 Epístola de João v. 12).

1. PÉRGAMO. O nome significa “alto” ou “elevado”. Situação Geográfica: no pequeno Continente da Ásia Menor (hoje, atual porção da Turquia Asiática). O nome “Pérgamo” estava relacionado a “purgo”, isto é, “torre” ou “castelho”. Pérgamo, como observa o W. Gesenius: Foi a “cidadela” de Tróia, e por tal razão tinha este nome.

Geograficamente, ocupava importante posição, próxima do extremo marítimo do largo Vale do Rio Caico. Para os intérpretes históricos, a palavra “Pérgamo” leva outro sentido, isto é, ao invés de “torre” ou “castelho”, traduzem a palavra por “casada”. Historicamente, nos fins do primeiro, segundo e terceiro séculos, especialmente mediante o gnostissismo libertino, e, profeticamente, na época de Constantino, houve uma espécie de “casamento” entre a igreja e o estado. Sua suposta significação de “casada”: segundo se diz, deriva-se disso.

2. A espada aguda. Para o ambiente carregado e adverso de Pérgamo, este é o traço do auto-retrato de Cristo: “aquele que tem a espada aguda de dois fios”. No original, o vocábulo “espada”, neste versículo, refere-se a um tipo especial: pesada e longa, usada pelos romanos (porque não queriam apenas ferir, queriam matar). Esta espada do versículo em foco é a mesma que vimos no versículo 16 do primeiro capítulo deste livro. A diferença é que, aqui, o artigo definido (“a”) determinado “a espada”, reforça a passagem. Espada na simbologia profética das Escrituras Sagradas, representa castigo ou guerra. Ela distingue vencidos, de vencedores.

13. “Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita”.

1. “...O trono de Satanás”. No Apocalipse fala-se muito a respeito dele. As diversas denominações diabo, caluniador (Ap 2. 10; 12. 9; 12; 20. 2, 10), Satanás, adversário (Ap 2. 9, 13, 24; 3. 9; 20. 2, 7), definem- no em sua funcionalidade negativa, como: antiga serpente (Ap 12. 9; 20. 2), acusador de nossos irmãos (Ap 12. 10). No presente texto, fala- se do seu “trono”. Isto é, o lugar onde Satanás exerce autoridade, como se fora rei.

“A palavra “trono” (no grego hodierno, “thronos”), é usada no Novo Testamento com o sentido de “trono real” (Lc 1. 32, 52), ou com o sentido de “tribunal judicial” (cf. Mt 19. 28 e Lc 22. 30). Também há alusão aos “tronos” de elevados poderes angelicais, ou aos governantes humanos.
A possível referência atribuida ao “trono de Satanás” nesta passagem, pode ser (conforme alguns comentaristas) a COLINA que havia por trás da cidade, com 300 metros de altura, na qual havia muitos templos e altares dedicados com exclusividade à idolatria. Essa colina podia ser um monte ou o “trono de Satanás”, em contraste com o “Monte de Deus” (cf. Is 14. 13 e Ez 28, 14, 16).

1. Existe outra possível interpretação sobre o “trono de Satanás”. Vejamos a seguir: “A invasão da cidade de Pérgamo, é atribuída ao monarca Eumenes 11(197 a 159 d. C.). Foi esse rei (segundo Plínio) que criou uma biblioteca (em sentido técnico: Pérgamo, deriva-se de pergaminho) que chegou a atingir 200 000 volumes, e quem libertou Pérgamo dos invasores bárbaros. Para comemorar, ergueu em honra a Zeus o “altar monumental” com 34 por 37 metros, cujas as fundações em ruínas, ainda podem ser vistas hoje. Esse altar pode ser “o trono de Satanás” do presente versículo.”

2. Ainda nos dias de Antipas. Nada se sabe de certo acerca desse personagem, exceto aquilo que poderia ser depreendido do texto em foco. As Escrituras não entram em detalhes sobre a biografia desta testemunha do Senhor na cidade de Pérgamo. A palavra grega para “testemunha” no dizer de G. Ladd, é martys, que mais tarde ficou coma conotação de mártir. Talvez neste contexto já tenha este significado.

Em 17.6 a mesma palavra é traduzida às vezes por “os mártires de Jesus”. O testemunho mais eficiente do cristão é ser fiel ao seu Senhor até à morte e ao martírio. Antipas foi uma delas!. Para aqueles que interpretam o livro do Apocalipse do ponto de vista histórico, acham que o antropônimo “Antipas”, no grego hodierno “Anti-pas”. Tratava-se da forma contraída de “Antipater”, que poderia ser traduzido à forma “Anti-papa”.

Assim, o seu nome pode ter sido profético, e significa: “Aquele que se opõe ao Papa”. Esta linha de pensamento aceita que as letras que formam a palavra “Antipas” tenham esse sentido. Para nós, este ponto de vista, não combina com a tese e argumento principal, razão por que Antipas foi morto antes do ano (96 d. e.), e o sistema papal só veio a existir séculos depois. Aceitamos ter sido Antipas um homem de origem Iduméria.

Este servo de Deus, uma vez convertido ao cristianismo em Jerusalém, sentindo a chamada de Deus, e em razão de ser conhecido pessoalmente do Apóstolo João, foi servir como bispo na cidade de Pérgamo. Existiam naquela igreja, segundo o texto divino, duas falsas doutrinas: (a) À de Balaão; (b) À dos nicolaítas. Antipas como sendo uma testemunha ousou desafiar sozinho e selar seu testemunho com seu próprio sangue opondo-se a este “sistema nocivo”. Semeão Metafrastes, diz que Antipas, o bispo de Pérgamo, foi colocado dentro de um boi feito de bronze, e a seguir foi aquecido ao rubro. Seu corpo foi literalmente, cozido, na chama abrasadora.

14. “Mas umas poucas de coisas tenho contra ti: porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem”.

1. “...A doutrina de Balaão”. Na Epístola de Judas (versículo 11): há referência a três homens caídos do Antigo Testamento: “Caim... Balaão... e Coré” (cf. Gênesis 4. 1-24; Números capítulos 16, 22, 23, 24).
Nos dias neotestamentários seus nomes são tomados como figuras expressivas dos falsos ensinadores que, segundo se diz, entrariam no “seio” da Igreja Cristã (cf. 2 Pd 2. 15). No texto em foco, é-nos apresentado: “a doutrina de Balaão”.

1. As características dos seguidores desta “doutrina” são: (a) Olho mau: malícia. (b) Espírito orgulhoso: egoísmo. (c) Alma sensual: imoralidade. Em Apocalipse 2. 14(41) encontramos a expressão “doutrina de Balaão”. Por conseguinte, existem: (aa) O caminho de Balaão. 2 P11 2. 15. (bb) O erro de Balaão. 2 Pd 2. 15a. E, (ccc) O prêmio de Balaão. Judas v. 1. A doutrina de Balaão, que também se transformou no seu erro, era que, raciocinando segundo a moralidade natural, e assim vendo erro em Israel, ele supôs que Deus, justo teria de amaldiçoá-lo.

Era cego para com a moralidade da cruz de Cristo, mediante a qual Deus mantém e reforça a autoridade, de tal modo que vem ser justo e o justificador do pecador que olha para Cristo. No tocante, ao “caminho de Balaão”, diz Scofield: “Balaão (Nm capítulos 22 a 24), foi o típico e profeta de aluguel, ansioso apenas por mercadejar com o dom de Deus.

Este é “o caminho. de Balaão” (2 Pd 2. 15)”. No tocante a “doutrina de Balaão”, continua Dr. C. 1. Scofield: “A doutrina de Balaão” era o seu ensino a Balaque, rei dos moabitas a corromper o povo (israelita), o qual não podia ser maldito (cf. Nm 22. 5; 23. 8; 31. 16), tentando-os,a se casarem com mulheres moabitas, contaminando assim seu estado de separação e abandonando seu caráter de peregrinos. Ë tal união entre a Igreja e o mundo que se torna em falta de castidade espiritual (cf. Tg 4. 4), e o resultado de tudo isso é a Igreja ficar contaminada”.

2. As características dos seguidores de Balaão, são: Todo aquele que a muitos torna virtuosos, o pecado não vem por seu intermédio; e todo aquele que leva muitos a pecar, não lhes dá oportunidade de arrependimento. Todo aquele que tem três coisas é um dos discípulos de Balaão, o ímpio. Se alguém tem olho bom, alma humilde, espírito manso, então é discípulo de Abraão, nosso Pai. Mas se alguém tem olho mau, uma alma jactanciosa e um espírito altivo, é dos discípulos de Balaão, seu Pai.

E todo aquele que as três coisas possui é um discípulo de Balaão, o ímpio. Qual é a diferença: (pergunta Pirke Abotk) entre os discípulos de Abraão e os discípulos de Balaão? Os discípulos de Balaão herdarão o que ele herdou — a morte, o preço de seu salário (Rm 6. 23), e os discípulos de Abraão herdarão o que ele herdou — o preço do sangue de Cristo, a vida eterna. Balaâo “amou o prêmio da injustiça” (2 Jd 2. 15; Jd v. 11), e teve como recompensa o mesmo. Os embaixadores moabitas levaram essa recompensa nas mãos, para dála. Balaão tombou morto entre aqueles que o honraram. Esta é a lei da compensação (Gl 6. 7)”.

3. A se prostituíssem. No grego moderno: “ponêro”, o que dificulta a ação de ser (haplous) “perfeito”. Balaão não só foi um profeta mercadejante e mercenário; mas além de tudo lançou dois “tropeços” mortais contra o povo de Deus (cf. v. 14). Um desses tropeços consistia em seu mau “caminho” (o da rebelião). Cf. Nm 22. 32. O próprio Deus disse dele o que segue: “...o teu caminho é perverso diante de mim”. O segundo tropeço lançado por Balaão diante dos filhos de Israel no deserto foi, o da “prostituição” (cf. Nm capítulo 25).
A palavra grega aqui usada, “pornéia”, ela alcança todas as formas de imoralidades, porquanto é usada tanto nos ensinos dos profetas, como dos Apóstolos, e de um modo especial fios ensinos de Jesus, para indicar as “formas” dessa prática de infidelidade contra a santidade e a moral.

15. ‘Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas: o que eu aborreço”

1. “...doutrina dos nocolaítas”. No versículo 14 deste capítulo, encontramos a “doutrina de Balaão”, aqui agora, a “doutrina dos nicolaítas”. O leitor deve observar que na igreja de Éfeso, o Senhor Jesus aborrecia “as obras dos nicolaítas” (2. 6 e ss), e aqui na igreja de Pérgamo, ele aborrece a sua “doutrina”. Alguém observa: “o mal sempre se alastra em escala crescente: “um abismo chama outro abismo”: diz o Salmista na poesia (Sl 42. 7): o que era “doutrina” (ensino) em Pérgamo, ao mesmo tempo se tornara “obras” (práticas) em Éfeso. Já encontramos os “nicolaítas” em Êfeso (2. 6).

Em Pérgmo o mal tinha crescido. Já era “doutrina” presente e sustentada: (na igreja). Essa doutrina é semelhante à de Balaão, conduzindo a um rebaixamento do padrão moral. Algumas traduções trazem: “tens lá os seguidores dos nicolaítas: o que aborreço”. De qualquer forma, declara M. S. Novaj, no versículo 6 do capítulo 2 está bem claro o juízo do Senhor. A acomodação da igreja com o mundanismo hoje, que amortece a sensibilidade moral e doutrinária de tantas igrejas, teve, pois, sua repreensão na igreja de Pérgamo, pois é tanto presente, como escatológica (Ec 3. 15).

16. “Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra elesbatalharei* com a espada da minha boca”

1. “...com a espada da minha boca”. No capítulo 19. 15 deste livro, o famoso guerreiro (Jesus) trará também uma poderosa Espada. Ali é dito por João, que ela está afiada. Paulo, o Apóstolo nos dá a interpretação sobre isso dizendo: “A espada é a palavra de Deus” (Ef 6. 17), e em (2 Ts 2. 8), ela é chamada, exatamente: “o assopro da sua boca”.

1. Muitas outras revelações são feitas a esta espada: (a) Espelho: poder revelador. Tg 1. 23 a 25. (b) Semente: poder gerador. Lc 8. 11; Jo 15. 3. (c) Água: poder purificador. Ef 5. 26. (d) Lâmpada: poder iluminador. Sl 119. 105; 2 Pd 1. 19. (e) Martelo: poder esmiuçador. Jr. 23. 29. (f) Ouro e vestimentas: poder enriquecedor. Sl 19. 10; Ap 3. 17. (g) Leite, Carne, Pão e Mel, etc: poder alimentador e nutritivo. Sl 19. 10; Jr 15. 16; Mt 4. 4; 1 Pd 2. 2. (h) Espada: poder para a batalha, cortar, dividir, etc. Hb 4. 14; Ap 2. 15 e 19. 15.

17. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe”.

1. “...comer do maná escondido”. Os gnósticos ofereciam “vantagens abertas”, mediante suas práticas imorais, seus prazeres e a satisfação da parte carnal do homem. Cristo oferece-nos aquilo que está oculto a maioria dos homens: o maná escondido! Para a igreja de Pérgamo o Senhor faz, ao vencedor, uma tríplice promessa: comer do maná escondido, receber uma pedra branca, e um novo nome.
O “maná” era um tipo de Cristo, o pão da vida (Jo 6. 48), ele caía no deserto, mas não era do deserto (Ex 16. 35); Cristo, estava no mundo, mas não era do mundo (Jo 17. 16). “No sul da Argélia, em 1932, depois de condições atmosférica incomuns “houve precipitações de uma matéria esbranquiçada, sem cheiro, sem gosto, de espécie farinácea, que cobria as tendas e a vegetação cada manhã”. Também em 1932, uma substância branca como maná cobriu certa manhã uma área de terreno de 640 m x 20 m, numa fazenda e em Natal (Zuzulandia: África do Sul) e foi comida pelos nativos (a). Porém, nada disso, foi o maná “escondido”: “Man un” (heb. Que é isto? Ex 16. 15). Mas Cristo, nosso Senhor, nos dará a comer o verdadeiro “pão do céu” (cf. Jo 6. 32).

1. Uma pedra branca. Relativamente a esta “pedra branca” do texto em foco, há muitas opiniões e formas de interpretações: (a) Conferia-se a pedra branca a um homem que sofrera processo e era absolvido. E como prova, levava, então, consigo a pedra para provar que não cometera o crime que se lhe imputara. “Assim, a “pedrinha branca” alude a uma antiga prática judicial da época de João: quando o juiz condenava a alguém, dava-lhe uma pedrinha preta, com o termo da sentença nela escrito; e, quando impronunciava alguém, dava-lhe urna pedrinha branca, com o termo da justificação nela inscrito”. E evidente que a aplicação em foco, e as que se seguem, deve haver alusão a uma delas! A promessa deve referir-se a coisa que os cristãos de Pérgamo compreenderiam muito bem.

(b) Era também concedida ao escravo liberto e que agora se tornara cidadão da província. Levava a pedra consigo para provar diante dos anciãos sua cidadania.

(c) Era conferida também ao vencedor de corridas e de lutas, como prova de haver vencido seu opositor. Sempre que este competidor conseguia vencer, ouvia-se dizer: “correu de tal maneira que o alcançou” (cf. 1 Co 9. 24b). Isso podia significar tanto uma “coroa de louro”. ou uma “pedrinha branca”.

(d) A pedra da amizade: Dois amigos poderiam como sinal de amizade, partir uma pedra branca pelo meio, e cada um ficava com a metade. Ao se encontrarem, a pedra era refeita, e a amizade continuaria.

e) Também era conferida ao guerreiro quando de volta da batalha e da vitória sobre o inimigo. Esta forma de interpretar o texto, se coaduna bem com a tese principal. Nesta passagem, a pedra branca será entregue ao “Vencedor” do inimigo de Deus e dos homens: o diabo (12.11).

2. Um novo nome. “Longe de ser simples etiqueta, pura descrição externa, o nome em toda a extensão das Escrituras tem profundo significado... ele exprime a realidade profunda do ser que o carrega. Por isso a criação só está completa no momento em que é colocado o nome (cf. Gn 2. 19). Por outro lado, Deus é “Javé”, isto é, “Ele é”, pois sua realidade é de ser eternamente (Ex 3. 13 e ss).

Por todas estas razões, eliminar o nome é suprimir a existência (cf. 1 Sm 24. 22; 2 Rs 14. 27; Jó 18. 17; Si 83. 5; Is 14. 22; Sf 1). Do ponto de vista divino, o nome de Deus é o nome por excelência. Zc 14. 9(49). No presente texto, a promessa de um noVo nome é reafirmada, no capítulo 3. 12 deste livro. Esse nome que a Igreja receberá da parte de Cristo, é sem dúvida, “um nome social”. Isso, se dará, logo após a celebração nupcial nas bodas do Cordeiro.
Esse nome conferirá a Noiva condição de “esposa, mulher do Cordeiro” (cf. Is 56. 5; ir 15. 16; Ap 2. 17; 3. 12; 19. 12). Não deve ser “Hephzibah” (meu regozijo está nela); nem “Beulah” (ou casada). Is 62. 4. Esse é o de Sião. Essa pedra terá seu valor aumentado com a inscrição misteriosa! Só uma coisa é certa: esse novo nome é uma grande bênção de Deus! (cf. Gu 12. 2 e 17. 5).


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Livro:- Apocalipse versículo por versículo – Severino Pedro da Silva


sexta-feira, 13 de abril de 2012

SEGUNDA CARTA: À IGREJA DE ESMIRNA


SEGUNDA CARTA: À IGREJA DE ESMIRNA

8. “E ao anjo * da igreja que está em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu”.

1. “...ao anjo da igreja”. Podemos ver neste versículo, uma referência a pessoa de Policarpo(’); esse pastor nasceu em (69 d. e.), e morreu em (159 d. C.). O Dr. Russeil Norman, diz que a etimologia do nome “Policarpo” significa “muito forte” ou “frutífero”. Policarpo foi discípulo pessoal do Apóstolo João, homem muito consagrado, foi o “principal pastor” da igreja de Esmirna durante o exílio do Apóstolo em Patmos.

“A narrativa de seu martírio é narrada por Eusébio, em sua História Eclesiástica iv 15 e em Mart. Polyc. caps. 12. e 13, págs. 1037 e 1042. Foi levado à arena, lugar dos jogos olímpicos, um dos maiores teatros abertos da Ásia Menor, parte da qual construção permanece de pé até hoje”. Policarpo, deve ser realmente, o “anjo” do texto em foco, pois as evidências assim o declara (cf. Ec 7. 27).

1. ESMIRNA. O nome “Esmirna” significa “mirra”, a palavra usada três vezes nos Evangelhos (Mateus 2. 11; Marcos 15. 23; João 19. 39). De acordo com H. Lockyer (2), “O nome descreve bem a igreja perseguida até a morte, embalsamada nos perfumes prévios de seu sofrimento, tal como foi a igreja de Esmirna. Foi a igreja da mirra ou amargura; entretanto, foi agradável e preciosa para o Senhor”. Esmirna também é famosa por ser a terra natal de Homero (o poeta cego da mitologia grega) e como lar de Policarpo (bispo de Esmirna).

Situação Geográfica: esta cidade encrava-se no pequeno Continente da Ásia Menor (hoje, atual porção da Turquia Asiática). Em 1970, Esmirna já contava com cerca de 63000 habitantes e é, atualmente, a principal cidade turca, denominada Izmir. Os muçulmanos chamam- na “Izmir e infiel”. O Rio Meles, famoso na literatura, também era adorado em Esmirna. Próximo à nascente desse rio ficava a caverna onde, dizem, Homero compunha seus poemas. Com a conquista do Oriente pelos romanos, Esmirna, passou a fazer parte da província romana da Asia. A cidade de Esmirna, cujo nome significa: “mirra”, caracterizou-se pela forte oposição e resistência ao cristianismo no primeiro século da nossa era. A igreja local originou-se da grande colônia judaica ali estabelecida. Em Esmirna, no ano (159 d. C.), Policarpo, seu bispo, foi martirizado.

2. Isto diz o primeiro e o último. Já tivemos oportunidade de encontrar este título aplicado a pessoa de Cristo em Ap 1. 16, onde o mesmo é amplamente comentado e ilustrado pelo nosso alfabeto português. “Cristo é o primeiro” quanto ao tempo e à importância. Ele é a fonte originária de toda e qualquer vida, seu princípio mesmo. O fato de que Cristo é o “princípio”, equivale à declaração de que Ele é o “Alfa”. E o fato de ser o “Ultimo” equivale a ser o “Ômega”. Ele é o Princípio e o Fim, O Primeiro e o Último, o “a” e o “z”; nós nos encontramos no meio. Mas Cristo continua a existir! Na qualidade de ser Ele o “último”, pode-se dizer o seguinte sobre Cristo (a) Ele é a razão mesma da existência; (b) Ele é o princípio da vida após a morte; (c) Ele é o alvo de toda a existência, o Ômega.

9. “Eu sei as tuas obras, e tribulação , e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás”.

1. “...Eu sei as tuas obras”. O Senhor Jesus, não só conhecia as “obras” desta igreja fiel, mas, de um modo especial a sua “tribulação”. No grego clássico, tribulação, é “thlipsis”, significa “pressão”, “opressão”, derivado de “thlibo”, que tem o sentido geral de “pressionar”, “afligir”, etc. Nas páginas do Novo Testamento, em sentido comum (com exceção da palavra designada para um período de sete anos) tem o sentido de “perseguição” deflagada, por aqueles que são aqui na terra inimigos do povo de Deus (cf. At 14. 22).

1. E pobreza. O leitor deve observar o contraste que existia entre o “anjo” (pastor) da igreja de Esmirna, e o da igreja de Laodicéia (3. 17). Cumpre-se aqui, portanto, um provérbio oriental que diz: “Aos olhos de Deus, existem homens ricos que são pobres e homens pobres que são ricos”. O sábio Salomão declara em Pv 13. 7: “Há quem se faça rico (o pastor de Laodicéia), não tendo coisa nenhuma, e quem se faça pobre (o pastor de Esmirna), tendo grande riqueza”.

O Dr. Champrin observa que aqueles crentes (de Esmirna) eram pobres, mas não porque não trabalhassem — sendo essa a causa mais comum da pobreza de modo geral, mas devido às perseguições que sofriam. Suas propriedades e bens foram confiscados pelo poderio romano, e além de tudo esses servos de Deus, ainda sofriam encarceramento. Porém, está declarado no presente texto, que eles eram ricos. Em que? Nas riquezas espirituais. Eles eram de fato ricos: nas obras, na fé, na oração, no amor não fingido, na leitura da Palavra de Deus, (à maneira de seus dias). Estas coisas diante de Deus: São as riquezas da alma! (Mt 6. 20; 1 Tm 6. 17-19).

2. A blasfêmia dos que se dizem judeus. O Apóstolo Paulo escrevendo aos romanos diz: “...nem todos os que são de Israel são israelitas” (Rm 9. 6b). “. ..não é judeu o que é exteriormente...” (Rm 2. 28).

Esses falsos judeus, procuravam firmar sua origem no Patriarca Abraão, a exemplo dos demais, perseguiam a igreja sofredora da cidade de Esmirna na Ásia Menor (cf. At 14. 2, 19, etc). Atualmente, o nome “Esmirna” no campo profético, representa a igreja subterrânea que sofre por amor a Cristo nos países da Cortina de Ferro.

10. “Nada temas * das coisas que hás de padecer. Eis * que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida”.

1. “...Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão”. A oposição do grande inimigo de Deus e dos homens conforme mencionado no registro que João faz das sete igrejas jamais cessou. Satanás é citado num total de oito vezes no Apocalipse e cinco destas relacionam-se com as igrejas (6 vezes se incluirmos o termo “diabo” visto no presente texto), A “prisão” do versículo em foco, não se refere a uma “prisão” espiritual como tem sido interpretado por alguns estudiosos (cf. Lc 13. 16), mas sim literal. “As perseguições promovidas pelos romanos àquela igreja, com a ajuda dos judeus (os que se dizem), foram obras de Satanás. Sob alegação de que os cristãos de Esmirna estavam “traindo” o imperador, houve um encarceramento em massa, e a seguir o imperador ordenou o martírio de muitos daqueles”. Em uma só catacumba de Roma foram encontrados os remanescentes ósseos de cento e setenta e quatro mil cristãos, calculadarnente.

1. Tereis uma tribulação de dez dias. Os “dez dias” do presente texto, tem referência “histórica”, no primeiro caso, e profética no segundo. A Igreja sofreu de fato “dez perseguições” distintas, desde o reinado do imperador Nero até ao de Diocleciano. “As dez grandes perseguições podem ser relacionadas desta forma: (a) Sob Nero: 64-68 d. C. (b) Sob Dominiciano: 68-96 d. C. (c) Sob Trajano: 104-117 d. C. (d) Sob Aurélio: 161-180 d. C. (e) Sob Severo: 200-211 d. C. (f) Sob Máximo: 235-237 d. C. (g) Sob Décio: 250-253 d. C. (h) Sob Valériano: 257-260 d. C. (i) Sob Auréliano: 270-275 d. C. (j) Sob Diocleciano: 303- 312 d.C.Ç4)

Durante esse tempo, a matança de cristãos foi tremenda. No campo profético as perseguições desencadeadas por Diocleciano perduraram dez anos (cf. Nm 14. 34 e Ez 4. 6).

11. “Quem tem ouvidos, ouça * o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte”.

1. “...Quem tem ouvidos, ouça!”. Ora, por nada menos de sete vezes nos evangelhos, e por oito vezes neste livro do Apocalipse: sete vezes para essas igrejas! reboa aquela chamada vital, aberta e particular, para quem quiser ter ouvidos abertos: “Quem tem ouvidos, que ouça!!!”.

1. O Mis, Orlando Boyer, diz que Cristo glorificado apresenta-se às sete igrejas em simbolos, partido e distribuído conforme as suas necessidades: (a) Para a igreja Ortodoxa e sempre esforçada em Efeso, Cristo é Aquele que tem as sete igrejas na destra, isto é, que lhe sustenta a obra. 1. 20 e 2. 1; (b) À igreja atribulada em Esmirna, na véspera do tempo de martírio, Jesus apresenta-se como Aquele que havia experimentado a perseguição, até a morte e havia vencido. 1. 17, 18 e 2. 8; (c) A igreja descuidada de Pérgamo, Cristo glorificado é Quem maneja a Espada, dividindo a igreja do mundo. 1. 16 e 2. 12; (d) Para a igreja que declinava, Tiatira, Cristo é Juiz com olhos como’ chamas de fogo. 1. 14 e 2. 18; (e) Para a igreja morta, Sardes, Jesus tem os sete Espíritos de Deus e pode ressuscitar os crentes da morte para a vida. 3. 1; (f) A igreja missionária, Filadélfia, Cristo é Quem quer abrir a porta: da evangelização. 3. 7; (g) Para a igreja morna, Laodicéia, Cristo é a fiel e verdadeira testemunha tirando da igreja a máscara da satisfação em si mesma. 3. 14.

2. O dano da segunda morte. Somente no livro do Apocalipse se encontra a presente expressão: “A segunda morte”. Ela será destinada aos “vencidos”, mas nenhum poder terá sobre os “vencedores”. A segunda morte é a morte eterna. A frase aparece aqui (e em Ap 20. 6, 14 e 21. 18), onde o destino dos perdidos é descrito em termos de um Lago de Fogo e enxofre. Durante sua vida terrena, Cristo fez uma promessa, dizendo: “As portas do inferno (as forças do mal)” não teriam nenhum poder sobre a sua Igreja (Mt 16.18); esta promessa de Cristo é presente e escatológica: agora, e na eternidade!.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Livro:- Apocalipse versículo por versículo – Severino Pedro da Silva

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A Carta à Igreja em Éfeso

A Carta à Igreja em Éfeso

A mensagem do Apocalipse foi enviada principalmente “às sete igrejas que se encontram na Ásia” (1:4). Este fato é frisado várias vezes no primeiro e no último capítulos (1:4,11,20; 22:16). Os capítulos 2 e 3 são direcionados especificamente às igrejas, com uma mensagem especial para cada uma delas.
Estas sete cartas seguem a forma de decretos imperiais, começando a sua mensagem com a palavra “diz” (grego, legei). Estas cartas foram escritas num formato padrão (Saudação, Posição de Jesus, Avaliação da congregação, apelo a ação, Promessa de recompensa aos vencedores), mas o conteúdo de cada é específico e fala a respeito das necessidades da própria congregação citada.

Sete Igrejas Independentes

A necessidade de sete cartas bem diferentes reforça a importância de respeitar a autonomia de cada congregação. Estas sete igrejas se encontravam numa área relativamente pequena. Uma pessoa entregando todas as cartas faria um circuito de pouco mais de 500 quilômetros. Nesta área pequena, sete igrejas bem diferentes apresentaram características distintas. Jesus não enviou uma carta “ao bispo da Ásia” (não existia qualquer ofício de líderes regionais entre as igrejas primitivas) para resolver, de uma vez, todas as questões nas várias igrejas. As igrejas não eram subordinadas à autoridade de alguma hierarquia, e não havia laços estruturais entre congregações. Cada congregação era independente, com seus próprios desafios e sua própria personalidade. Cada uma recebeu um comunicado diretamente de Jesus, e lhe responderia diretamente pela sua obediência ou rebeldia. Ele não operou por meio de alguma hierarquia de autoridades eclesiásticas. As pessoas que querem seguir, hoje em dia, as instruções do Novo Testamento devem lembrar este fato. Não há base bíblica para criar ou manter organizações religiosas ligando congregações. As hierarquias nas denominações e as conferências e congressos estaduais, regionais, nacionais e internacionais são invenções de homens sem nenhuma autorização bíblica.

Ao Anjo da Igreja em Éfeso (Apocalipse 2:1-7)

Vamos considerar o conteúdo desta carta. Confira na sua Bíblia cada citação.
A igreja em Éfeso (1): Éfeso era a cidade mais importante da província romana de Ásia. Foi situada perto do mar Egeu. Duas estradas importantes cruzaram em Éfeso, uma seguindo a costa e a outra continuando para o interior, passando por Laodicéia. Assim, Éfeso teve uma localização importantíssima de contato entre os dois lados do império romano (a Europa e a Ásia). Historiadores geralmente calculam a população da cidade no primeiro século entre 250.000 e 500.000. Éfeso era conhecida, também, como o foco de adoração da deusa da fertilidade, Ártemis ou Diana.

Sabemos algumas coisas sobre a história da igreja em Éfeso de outros livros do Novo Testamento. No final de sua segunda viagem, Paulo deixou Áqüila e Priscila em Éfeso, onde corrigiram o entendimento incompleto de Apolo sobre o caminho do Senhor (Atos 18:18-26). Na terceira viagem, Paulo voltou para Éfeso, onde pregou a palavra de Deus por três anos (Atos 19:1-41; 20:31). Na volta da mesma viagem, passou em Mileto e encontrou-se com os presbíteros de Éfeso (Atos 20:17-38). Durante os anos na prisão, Paulo escreveu a epístola aos efésios. Também deixou Timóteo em Éfeso para edificar os irmãos (1 Timóteo 1:3).
Destas diversas referências aos efésios, podemos observar algumas coisas importantes sobre essa igreja. Desde o início, houve a necessidade de examinar doutrinas e aceitar somente o que Deus havia revelado. Assim, Áqüila e Priscila ajudaram Apolo (Atos 18:26); Paulo advertiu os presbíteros do perigo de falsos mestres entre eles (Atos 20:29-31), e orientou Timóteo a admoestar os irmãos a não ensinarem outra doutrina (1 Timóteo 1:3-7). A carta de Paulo aos efésios destacou a importância do amor (5:2), um tema frisado, também, nesta carta no Apocalipse.

Aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro (1): Esta descrição de Jesus vem de 1:12-13,16,20 e mostra o conhecimento e a soberania de Jesus em relação às igrejas. Tanto os efésios como os discípulos nas outras igrejas precisavam lembrar da presença de Jesus. Ele anda no meio das igrejas, observando o procedimento delas, e pronto para agir quando for necessário. Segurando as sete estrelas, ele demonstra seu poder e domínio.

Conheço as tuas obras (2-3): Jesus elogia várias qualidades da igreja em Éfeso:

Labor e perseverança – Deus quer servos dedicados que não desistem (Tiago 1:4). Jesus falou da importância da perseverança diante de perseguição (Mateus 10:22; veja Romanos 5:3; Tiago 1:12), observando que perseguições causam o amor de muitos a esfriar (Mateus 24:10-13). Devemos perseverar na oração (Atos 1:14; Colossenses 4:2; 1 Timóteo 5:5), na doutrina verdadeira (Atos 2:42; 1 Coríntios 15:1), nas boas obras (Romanos 2:7) e na graça de Deus (Atos 13:43). Na sua perseverança, os efésios suportaram provas e não se desanimaram.

Não suportar homens maus – Depois de tantas advertências sobre o perigo de falsos mestres, a defesa da verdade se tornou um ponto forte da igreja de Éfeso. Homens que se alegavam ser apóstolos foram postos à prova e achados mentirosos (veja 1 João 4:1). Precisamos do mesmo zelo da verdade hoje. O mundo religioso está cheio de pessoas que se dizem profetas e apóstolos. Devem ser avaliadas conforme a palavra de Deus. Pessoas que alegam trazer novas revelações são mentirosas (Gálatas 1:8-9; 1 Coríntios 13:8; Judas 3). Os apóstolos eram testemunhas oculares de Jesus ressuscitado (veja Atos 1:22; 1 Coríntios 15:8-9). Aqueles que se chamam apóstolos, hoje em dia, são falsos mestres. Não devemos suportá-los.

Tenho ... contra ti (4): O problema dos efésios não foi uma questão de doutrina correta, mas de amor. Abandonaram o seu primeiro amor. Esqueceram dos grandes mandamentos que formam a base para todos os ensinamentos de Deus (Mateus 22:37-40). Paulo instruiu os efésios sobre a importância do amor como alicerce da vida do cristão (Efésios 3:17; 4:2,16: 5:2; 6:23). Não devemos distorcer esta advertência para criar um conflito entre o amor e a verdade. Podemos defender a verdade, como os efésios fizeram e, ao mesmo tempo, praticar o amor. Foi exatamente isso que Paulo pediu aos efésios: “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 4:15).

Lembra-te, arrepende-te e volta (5): Jesus pede três respostas dos efésios:

1. Lembra-te, pois, de onde caíste: Não foram as alfarrobas dos porcos que levou o filho pródigo ao arrependimento; foi a lembrança da casa do pai. Para os efésios se arrependerem, teriam que lembrar da comunhão com Deus que deixaram para trás. Para permanecer fiéis, a presença de Deus precisa ser a coisa mais preciosa na nossa vida. Uma vez que caímos, é necessário desenvolver novamente o amor para com ele.

2. Arrepende-te: O arrependimento é a mudança de atitude. Quando decidimos deixar o pecado e fazer a vontade de Deus, nós nos arrependemos. O pecador precisa se arrepender antes de ser batizado para perdão dos pecados (Atos 2:38). O cristão que tropeça precisa se arrepender e pedir perdão pelos seus pecados (Atos 8:22). Aqui, uma igreja cujo amor esfriou-se precisa se arrepender.

3. Volta à prática das primeiras obras: A mudança de atitude (o arrependimento) produzirá frutos (Mateus 3:8). Pelas obras, a pessoa arrependida mostrará a sinceridade da sua decisão. A igreja em Éfeso precisava voltar à prática do amor.
Se a igreja não se arrepender, Jesus removeria o seu candeeiro. Eles não permaneceriam na abençoada comunhão com o Senhor.

Odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio (6): Mais um ponto a favor, reforçando o elogio dos versículos 2 e 3. Os nicolaítas são mencionados somente aqui e na carta à igreja em Pérgamo (15). Não sabemos a natureza precisa do seu erro, mas sabemos que era abominável a Deus. Neste ponto, os efésios odiavam o que Deus odiava. Nós devemos fazer a mesma coisa, sendo amigos do bem (Tito 1:8) e detestando o mal (Salmo 97:10).

Quem tem ouvidos, ouça (7): Freqüentemente, Jesus chama os ouvintes a ouvirem a sua mensagem (Mateus 11:5; 13:9,43; etc.). O problema de um coração teimoso se reflete nos ouvidos tapados que recusam ouvir a verdade (Mateus 13:15). Os efésios provaram aqueles que falavam, agora eles seriam provados pela maneira de ouvirem.

O Espírito diz às igrejas (7): Jesus transmitiu a sua mensagem por meio dos anjos das igrejas (2:1,8,12,18; 3:1,7,14), mas o Espírito, também, participa da revelação (veja 1:4) e da recompensa dos fiéis.
Ao vencedor ... árvore da vida ... paraíso de Deus (7): A recompensa aguarda os vencedores que perseveram no amor e na verdade. Aqueles que desistem, abandonando para sempre o seu amor, não receberão o galardão. Jesus descreve a comunhão com Deus em termos que nos lembram do jardim do Éden. Por causa do pecado, o homem foi expulso do jardim em que Deus andava (Gênesis 3:22-24,8). Aqueles que andam com Deus têm a esperança da vida no paraíso do Senhor.

Conclusão

U ma igreja rodeada por religiões falsas e sujeita à influência de homens maus precisa examinar todos os ensinamentos e rejeitar todas as falsas doutrinas. Mas ela precisa, também, demonstrar o amor verdadeiro para vencer o mal. Devemos amar a verdade, não somente pelo desejo de ser “corretos”, mas porque ela vem do Deus que merece nosso amor. Devemos amar aos outros, porque foram feitos à imagem e semelhança de Deus. “Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros” (1 João 4:11).

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