segunda-feira, 28 de maio de 2012

A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS


A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS

Jo 20.22 “E havendo dito isso, disse-lhes:  assoprou Santo.” sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo”

A outorga do Espírito Santo por Jesus aos seus discípulos no dia da ressurreição não foi o batismo no Espírito Santo como ocorreu no dia de Pentecoste (At 1.5; 2.4).

Era, realmente, a primeira vez que a presença regeneradora do Espírito Santo e a nova vida do Cristo ressurreto saturavam e permeavam os discípulos.

(1) Durante a última reunião de Jesus com seus discípulos, antes da sua paixão e crucificação, Ele lhes prometeu que receberiam o Espírito Santo, como aquele que os regeneraria:“habita convosco, e estará em vós” (14.17 veja nota). Jesus agora cumpre aquela,promessa.

(2) Da frase, “assoprou sobre eles”, em 20.22, infere-se que se trata da sua regeneração. A palavra grega traduzida por “soprou” (emphusao) é o mesmo verbo usado na Septuaginta (a tradução grega do AT)

Em Gn 2.7, onde Deus “soprou em seus narizes [de Adão] o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. E o mesmo verbo que se acha em Ez 37.9:

“Assopra sobre estes mortos, para que vivam”. O uso que João faz deste verbo neste versículo indica que Jesus estava lhes outorgando o Espírito a fim de neles produzir nova vida e nova criação.

Isto é, assim como Deus soprou para dentro do homem físico o fôlego da vida, e o homem se tornou uma nova criatura (Gn 2.7), assim também, agora, Jesus soprou espiritualmente sobre os discípulos, e eles se tornaram novas criaturas.

Mediante sua ressurreição, Jesus tornou-se em “espírito vivificante” (1 Co 15.45).

(3) O imperativo “Recebei o Espírito Santo” estabelece o fato que o Espírito, naquele momento histórico, entrou de maneira inédita nos discípulos, para neles habitar. A forma verbal de “receber” está no aoristo imperativo (gr. lebete, do verbo lambano), que denota um ato único de recebimento.

Este “recebimento” da vida pelo Espírito Santo antecede a outorga da autoridade de Jesus para eles (Jo 20.23), bem como do batismo no Espírito Santo, pouco depois, no dia de Pentecoste (At 2.4).
(4) Antes dessa ocasião, os discípulos eram verdadeiros crentes em Cristo, e seus seguidores, segundo os preceitos do antigo concerto. Porém, eles não eram plenamente regenerados no sentido da nova aliança.

A partir de então os discípulos passaram a participar dos benefícios do novo concerto baseado na morte e ressurreição de Jesus (ver Mt 26.28; Lc 22.20; 1 Co 11.25; Ef 2.15,16; Hb 9.15-17.

Foi, também, nessa ocasião, e não no Pentecoste, que a igreja nasceu, i.e., uma nova ordem espiritual, assim corno no princípio Deus soprou sobre o homem até então inerte para de fato torná-lo criatura vivente na ordem material (Gn 2.7).

(5) Este trecho é essencial para a compreensão do ministério do Espírito Santo entre o povo de Deus:

(a) os discípulos receberam o Espírito Santo (i.e., o Espírito Santo passou n’habitar neles e os regenerou) antes do dia de Pentecoste; e

(b) o derramamento do Espírito Santo em At 2.4.

Isto seguiu-se à primeira experiência. O batismo no Espírito no dia do Pentecoste foi, portanto, urna segunda e distinta obra do Espírito neles.

(6) Estas duas obras distintas do Espírito Santo na vida dos discípulos de Jesus são normativas para todo cristão: Isto é, todos os autênticos crentes recebem o Espírito Santo ao serem regenerados, e a seguir precisam experimentar o batismo no Espírito Santo para receberem poder para serem suas testemunhas (At 1.5,8; 2.4; ver 2.39 nota).

(7) Não há qualquer fundamento bíblico para se dizer que a outorga por Jesus do Espírito Santo em 20.22 era tão somente uma profecia simbólica da vinda do Espírito Santo no Pentecoste. O uso do aoristo imperativo para “receber” (ver supra) denota o recebimento naquele momento e naquele lugar.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)

Bíblia de Estudo Pentecostal


A REGENERAÇÃO


A REGENERAÇÃO

Jo 3.3: “Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.”

Em 3.1-8, Jesus trata de uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a regeneração (Tt 3.5), ou o nascimento espiritual. Sem o novo nascimento, ninguém poderá ver o reino de Deus, i.e., receber a vida eterna e a salvação mediante Jesus Cristo.

Apresentamos a seguir, importantes fatos a respeito do novo nascimento.

(1) A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2; Ef 4.23,24),

Efetuadas por Deus e o Espírito Santo (3.6; Tt 3.5;).

Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio Deus é outorgada ao crente (3.16; 2 Pe 1.4; 1 Jo 5.11),

E este se torna um filho de Deus (1.12; Rm 8.16,17; Gl 3.26)

E uma nova criatura (2 Co 5.17; Cl 3.10).

Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2),

mas é criado segundo Deus “em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24).

(2) A regeneração é necessária porque, à parte de Cristo, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a Deus e de agradar-lhe (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7,8; 5.12; 1 Co 2.14).

(3) A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para Deus (Mt 3.2)

E coloca a sua fé pessoal em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador (ver 1.12 nota).

(4) A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a Jesus Cristo (2 Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10).

Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado (ver 8.36 nota; Rm 6.14-23),

e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a Deus e de seguir a direção do Espírito (Rm 8.13,14).

Vive uma vida de retidão (1 J0 2.29),

Ama aos demais crentes (1 J0 4.7),

Evita uma vida de pecado (1 Jo 3.9; 5.18)

E não ama o mundo (1 J0 2.15,16).

(5) Quem é nascido de Deus não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida (ver 1 Jo 3.9 nota).

Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a Deus e de evitar o mal (1 J0 2.3-1 1,15-17,24-29; 3.6-24; 4.7,8,20; 5.1),

Mediante uma comunhão profunda com Cristo (ver 15.4 nota)

E a dependência do Espírito Santo (Rm 8.2-14).

(6) Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professam, demonstram que ainda não nasceram de novo (1 J0 3.6,7).

(7) Assim como uma pessoa nasce do Espírito ao receber a vida de Deus, também pode extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em iniquidade.

As Escrituras afirmam: “se viverdes segundo a carne, morrereis” (Rm 8.13).

Ver também Gl 5.19-21, atentando para a expressão “como já antes vos disse” (v. 21).

(8) O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre Deus e o salvo é questão do espírito e não da carne (3.6).

Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai para filho, que Deus quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra (ver Rm 8,13 nota).
Nosso relacionamento com Deus é condicionado pela nossa fé em Cristo durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros (H 5.9; 2 Tm 2.12).

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Bíblia de Estudo Pentecostal